Ainda… a parva que sou

(A Magui puxou por mim)

Esta semana a ler o post Os deolindos da Rititi descobri que sou Betinha (estou a acabar de ler Paul Auster) e apressei-me a comprar uns Ked’s no ebay (“se fosse eu não faltaria…” by Magui). ahhhhhhhhhhhhh shame on me!!!

Claro que estou a ironizar e o dito texto não quis generalizar e estamos num país livre cada um pode dar a sua opinião como, quando e onde bem entender.
Há que respeitar, espremer o sumo do conteudo e cada um lê e escreve o que quer,amigos à mesma!

Ora vejamos, se bem me enquadro não pertenço à geração rasca nem agora à tão mediática geração à rasca (acho muito bem que a malta se una e que proteste! mas coitadinhos é que não!), claro que às vezes me sinto enrascada mas uma qualidade tuga é mesmo a capacidade de desenrascar.
Mas, até que me revejo na música dos Deolinda, sim… sou um bocado parva.

Vejamos:

Tenho uma Licenciatura? sim
Serviu-me para alguma coisa? não
Tenho remuneração? sim
Recibos Verdes? não
Gosto do que faço? não, mas não desgosto…
Gostava de trabalhar na área? não sei…

Mas a rapariga é parva? Como não sabe? Ora não tive a “sorte de poder
estagiar” logo nem sei o que realmente é ser aquilo para que estudei.
Mas como diz o Mourinho aí nos anuncios “Não acredito na sorte acredito no trabalho”.
Se podia ter ficado em casa na infinita procura do emprego para o qual
estudei? Podia… mas não era a mesma coisa! Os meus pais (povão) não podiam continuar a patrocinar a parva que há em mim, já morar na casinha deles tudo bem, mas com contribuição. “E ainda me falta o carro pagar”…

Não me queixo de ter estudado, até gostei da ciencia de charneira que
me preparou para a pior das guerras, a minha.
Se me queixo de não ter tido a oportunidade de a exercer? Até agora
sim, mas não desisto.
Se já pensei emigrar? Já… mas para onde? Sim… falta uma ida à Tomatina.
E é por isso que me candidato a quase todos os concursos que aparecem, mesmo sabendo desde inicio que muitos quando abrem é só por uma questão de protocolo porque o lugar já sabem à partida para quem é. Eu até compreendo a situação, mas mesmo assim vou tentando e até vou fazendo reclamações em situações que não acho justas, porque um dia alguém há-de ler e pode ser que repare “esta até nem é parva” de todo!

Não acho de todo que “os deolindos” sejam a geração betinha e
coitadinhos que estudaram tanto… acho que são os twentysomething que também têm um quê de geração “one shot”, se tiverem uma oportunidade até a agarram… com
tudo o que têm…

Se calhar não a sabem procurar ou precisam de GPS para a encontrar…
mas isso é outra história 😉

Deixem os Deolinda trabalhar!

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